É com tristeza que vejo confirmada
a saída da Guarda do circuito de meias maratonas Running Wonders.
Tenho tristeza principalmente por
haver 3 razões para que tal facto não acontecesse:
- Pela primeira vez, tinha sido realizado
um evento desportivo que colocava a Guarda no mapa dos eventos nacionais, com
projecção para o exterior de uma forma muito eficaz. Não haverá quantificação possível
do retorno que uma prova destas trás para a cidade, nem da capacidade que estas
provas (Meias Maratonas Running Wonders), têm em poder dinamizar a economia
local, no entanto parece-me ser elevada. Idêntica a esta projecção mediática só
mesmo a Volta a Portugal em Bicicleta.
- Terá sido a única vez na Guarda
houve um evento desportivo que juntou um milhar de atletas prontos para
desfrutar de uma corrida com atletas de elite. Bem sabemos o quanto nos dá
alegria estar junto e correr com os nossos campeões, bem como receber os
restantes atletas de renome de todo o país.
- Este evento desportivo
dinamizou uma cidade para a prática desportiva, nomeadamente na vertente da
corrida, onde durante meses, grupos de pessoas, individuais ou colectivamente se prepararam para participar
nesta prova. Fica por vezes a ideia que a Meia Maratona se resume ao dia da
prova, mas sabem bem, que a dinâmica e empenho para a prova acontece por vários
meses que antecedem a prova dando vida a uma cidade com apetência para a
inércia.
Assim ficam as dúvidas sobre as
razões que a cidade da Guarda saiu do circuito das Meias Maratonas Running
Wonders e seria justo para todos os corredores e apoiantes que orgulhosamente “amaram”
esta prova, que existisse uma explicação com as razões para que tal
acontecesse. De momento a ideia que fica é que se entrou num projecto de forma
avulsa e pouco ponderada, num ano em que (curiosamente) havia eleições, sem perspectiva
de continuidade no projecto. E como tal, se as razões que sustentaram a prova
desapareceram, acaba por ser normal que a mesma acabe.
Numa cidade que desportivamente
passa muito, por marcar passo, esta notícia é sem dúvida um “Passos
atrás”.
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